DECIDI SER FELIZ
Hoje acordei com pássaros
Cantando em minha janela
Será que cantavam ali pela primeira vez
Ou eu estou despertando para a vida?
Para perceber que Deus me ilumina
Que me manda notícias alvissareiras
Mostrando-me que a vida
Não é só dor e sofrimento?
Fiquei embevecido ouvindo aqueles canários
Livres, felizes, anunciando
Num novo ano esperança...
Então decidi ir à luta e ser feliz
Eu não estou abandonado e nem só
Há muitos que me amam
A vida é um mistério
Que merece ser vivido com intensidade
Eu acredito que posso
Eu quero a minha quota de felicidade
Eu decidi ser feliz...
Mário Feijó
"Nestas impressões sem nexo, nem desejo de nexo, narro indiferentemente a minha autobiografia sem factos, a minha história sem vida. São as minhas confissões, e, se nelas nada digo, é que nada tenho que dizer" - Fernando Pessoa
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Tio, eu não sou criança!
Tinha mais ou menos 1,2 metros. Moreno claro, com um tom pálido no rosto.
Na sua mão direita ele levava um Ioiô. E brincava o tempo todo.
Esse garoto se chamava Nano. Na verdade carinhosamente fora apelidado assim.
Sempre quieto, no seu canto. Quando não estava brincando, sua face era escondida
por algum muro. "Esse menino tem problema!" - diziam.
Não tinha problema algum. Ele tinha na verdade era a solução.
Naquele franzino ser, escondia uma ínfima normalidade.
O segredo era não ser normal. E sim extraordinariamente anormal.
Nano era considerado louco, aos olhos dos medíocres.
Medíocre são medíocres, não saem da média, e jamais terão opinião própria.
Enquanto, é claro, se encontrarem assim. Agora eu me pergunto, como pode um garoto
que brinca com Ioiô o tempo todo e se mostra acanhado perante outros
não estar compreendido entre o grande e o pequeno, o bom e o mau?
Por um instante olhei dentro de seus olhos.
E eles me diziam: "Não sou criança"
Francamente, seus olhos demonstravam um superavit de atenção.
Nano se escondia no seu 'eu', uma redoma que refinava sua personalidade.
Olhava pouco, percebia menos.
Assim se concentrava no que era primordial.
Assim ele se foi. Reduziu-se à ausência.
Nano jamais foi uma criança.
Talvez fora uma consciência para uma sociedade corruptível.
Na sua mão direita ele levava um Ioiô. E brincava o tempo todo.
Esse garoto se chamava Nano. Na verdade carinhosamente fora apelidado assim.
Sempre quieto, no seu canto. Quando não estava brincando, sua face era escondida
por algum muro. "Esse menino tem problema!" - diziam.
Não tinha problema algum. Ele tinha na verdade era a solução.
Naquele franzino ser, escondia uma ínfima normalidade.
O segredo era não ser normal. E sim extraordinariamente anormal.
Nano era considerado louco, aos olhos dos medíocres.
Medíocre são medíocres, não saem da média, e jamais terão opinião própria.
Enquanto, é claro, se encontrarem assim. Agora eu me pergunto, como pode um garoto
que brinca com Ioiô o tempo todo e se mostra acanhado perante outros
não estar compreendido entre o grande e o pequeno, o bom e o mau?
Por um instante olhei dentro de seus olhos.
E eles me diziam: "Não sou criança"
Francamente, seus olhos demonstravam um superavit de atenção.
Nano se escondia no seu 'eu', uma redoma que refinava sua personalidade.
Olhava pouco, percebia menos.
Assim se concentrava no que era primordial.
Assim ele se foi. Reduziu-se à ausência.
Nano jamais foi uma criança.
Talvez fora uma consciência para uma sociedade corruptível.
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