Tinha mais ou menos 1,2 metros. Moreno claro, com um tom pálido no rosto.
Na sua mão direita ele levava um Ioiô. E brincava o tempo todo.
Esse garoto se chamava Nano. Na verdade carinhosamente fora apelidado assim.
Sempre quieto, no seu canto. Quando não estava brincando, sua face era escondida
por algum muro. "Esse menino tem problema!" - diziam.
Não tinha problema algum. Ele tinha na verdade era a solução.
Naquele franzino ser, escondia uma ínfima normalidade.
O segredo era não ser normal. E sim extraordinariamente anormal.
Nano era considerado louco, aos olhos dos medíocres.
Medíocre são medíocres, não saem da média, e jamais terão opinião própria.
Enquanto, é claro, se encontrarem assim. Agora eu me pergunto, como pode um garoto
que brinca com Ioiô o tempo todo e se mostra acanhado perante outros
não estar compreendido entre o grande e o pequeno, o bom e o mau?
Por um instante olhei dentro de seus olhos.
E eles me diziam: "Não sou criança"
Francamente, seus olhos demonstravam um superavit de atenção.
Nano se escondia no seu 'eu', uma redoma que refinava sua personalidade.
Olhava pouco, percebia menos.
Assim se concentrava no que era primordial.
Assim ele se foi. Reduziu-se à ausência.
Nano jamais foi uma criança.
Talvez fora uma consciência para uma sociedade corruptível.
Na sua mão direita ele levava um Ioiô. E brincava o tempo todo.
Esse garoto se chamava Nano. Na verdade carinhosamente fora apelidado assim.
Sempre quieto, no seu canto. Quando não estava brincando, sua face era escondida
por algum muro. "Esse menino tem problema!" - diziam.
Não tinha problema algum. Ele tinha na verdade era a solução.
Naquele franzino ser, escondia uma ínfima normalidade.
O segredo era não ser normal. E sim extraordinariamente anormal.
Nano era considerado louco, aos olhos dos medíocres.
Medíocre são medíocres, não saem da média, e jamais terão opinião própria.
Enquanto, é claro, se encontrarem assim. Agora eu me pergunto, como pode um garoto
que brinca com Ioiô o tempo todo e se mostra acanhado perante outros
não estar compreendido entre o grande e o pequeno, o bom e o mau?
Por um instante olhei dentro de seus olhos.
E eles me diziam: "Não sou criança"
Francamente, seus olhos demonstravam um superavit de atenção.
Nano se escondia no seu 'eu', uma redoma que refinava sua personalidade.
Olhava pouco, percebia menos.
Assim se concentrava no que era primordial.
Assim ele se foi. Reduziu-se à ausência.
Nano jamais foi uma criança.
Talvez fora uma consciência para uma sociedade corruptível.
Muito Bom, Extraordinario e bem Inteligente, espero que possa escrever mais como esses!
ResponderExcluirValeu Rodrigo!!!
ResponderExcluirUau! Que texto excelente! Reflexivo e introspectivo...
ResponderExcluirNo final me lembrei como que metalinguisticamente do "menino" de "Abril despedaçado"!